Ao pensar em você, quase sempre, sinto que deixei alguma coisa por dizer, que algo não foi dito, entendido. Sei que em alguns momentos quis falar o que meus lábios seguravam, mas não o fiz. Não admitia a necessidade de ser dito.
O silêncio sempre esteve comigo, mesmo precisando gritar...
... sussurrei.
Quem escuta? Quem não entende. Tornando tudo uma bagunça, confusão.
Cansei de usar palavras belas a quem fez tanta bagunça. Cansei de olhar, mas os olhares não se cruzarem, das mãos não estarem ligadas. Cansei dos corações não baterem juntos. Cansei de só eu querer, dos momentos só de passagem...
O diferente mostrou ser igual. Acreditei estar ligada, não precisar mais da cumplicidade do vento; sempre permaneci no vento.
Sei que sugeri mudar de mundo, mas só foi um alerta de socorro, que se tornou bagunça e tratado com indiferença. Sendo que o desejo que prevalecia era, simplesmente, de uma taça de vinho com conversas dos olhos. Você tinha razão ao dizer que com a rosa não há intimidade*.
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