terça-feira, 12 de outubro de 2010

sem-ti(n)do




Chegou em casa já era quase meia noite e, antes de acabar o dia, o banho quente já estava tomado. Ela deita e pensa nas pessoas com quem passou o dia; nos momentos que formaram seu dia, logo, o momento da sua vida. Todo dia, quase meia noite ela pensa em desistir: de quem é , de como é, do que não é e de como gostaria de ser. O jeito sensível faz dela uma prisioneira dos detalhes da vida.

Esse mês sempre lhe sorriu e foi tido como a gratidão do mundo com a menina, era o momento dela, de celebrar [mesmo sem festejar] o seu dia, o seu ser [mesmo não senndo aquilo que escolheu ser].

Porém, certas coisas estavam tão claras que ofuscavam seus olhos e não as via; e certas coisas tão escuras que se perdiam. ela se dá conta de quão dramática são as escolhas: a incapacidade de voltar atrás, a incerteza por não saber se escolhemos certos, o medo quase paralisante de se arrepender, a incapacidade de viver uma escolha responsável e moralmente reta, contando apenas com nossas forças humanas.

mas sabe, muito bem, que amou.